Gadol Elohai - Joshua Aaaron

17.4.07

Blacksburg

Com respeito aos acontecimentos de Blacksburg, encontrei n' O Melhor dos Blogs um texto de Anne Graham, a filha do grande evangelista baptista Billy Graham, que já conhecia mas que vem bem a propósito:
À pergunta que lhe foi feita na televisão: "Como é que Deus permitiu uma coisa tão horrorosa, como foi o 11 de Setembro em Nova Iorque?", Anne Graham respondeu:
"Eu creio que Deus ficou profundamente triste, como nós ficámos. Há muitos anos que vimos pedindo para Deus não interferir nas nossas escolhas pessoais, para saír do nosso governo e das nossas vidas. Sendo respeitador como é, calmamente, Deus deixou-nos. Sendo assim, como podemos esperar que Deus nos dê a sua bênção e a sua protecção?
E continuou:– É verdade! Gritamos, quando há ataques terroristas e tiroteio nas escolas! No entanto, eu creio que tudo começou desde que Madeleine Murray 0'Hare (que acabou também ela por ser assassinada), disse que era impróprio fazer oração nas escolas americanas, como era costume. E concordámos com a sua opinião! Depois, alguém disse que era melhor não ler mais a Bíblia nas escolas! E concordámos!
– Em seguida, – prosseguiu – o Dr. Benjamim Spock disse que não devíamos bater nos nossos filhos quando se comportassem mal, porque a sua personalidade, em formação, ficaria distorcida e prejudicaríamos a sua auto-estima! O seu filho suicidou-se! E dissemos: Um perito neste assunto deve saber o que está a dizer! E concordámos com ele!
Mais tarde, alguém disse que os professores e directores das escolas não deviam disciplinar nem corrigir os nossos filhos, quando se comportassem mal!– Foi decidido, de imediato, que nenhum professor podia tocar nos alunos! Uma coisa é disciplinar, outra é tocar, bem o sabemos!
– Alguém sugeriu, ainda, que deveríamos deixar que as nossas filhas fizessem aborto, se assim o quisessem! E aceitámos sem pestanejar. Sem nos interrogarmos!
– Foi dito, ainda, que devíamos dar aos nossos filhos os preservativos, tantos quantos quises-sem, para fazerem sexo até à saciedade; dar-lhes revistas com mulheres nuas e colocar, na internet, fotos de crianças nuas!– E dissemos: Está bem! Isto é democracia e eles têm o direito de apreciar o corpo feminino, de fazerem o que quiserem, porque tudo isto é sadio!...
Agora, perguntamos:– Porque é que os nossos filhos não sabem distinguir o bem do mal, o certo do errado, não têm consciência, nem se incomodam de matar... mesmo os colegas de escola ou a si mesmos?!"
A resposta é uma só: – Colhemos aquilo que semeámos!

7 comentários:

alealb disse...

triste verdade...

Dulce disse...

não acho que seja rigorosamente assim, mas como não tenho explicação melhor...

Avozinha disse...

Também não concordo inteiramente com a Anne, pois chegaríamos a este raciocínio: na Arábia Saudita não há tiroteios nas escolas, logo, têm a protecção de Deus e vivem vidas santas.
Muitos que vivem vidas santas sofrem igualmente as atrocidades do mundo. Mas confio Naquele que tudo sabe e a Quem nada escapa.

Hadassah disse...

É verdade que se uns não põem Deus em nada, outros há que colocam Deus em tudo.

Não sei se concordo com tudo o que é dito pela Anne, no concreto. A mensagem que quis passar nem foram tanto as situações em particular, que apontam para uma ideia de "causa"/"efeito (não oram? Pronto, matam e morrem...), mas duas coisas:

-Realçar o comportamento daqueles que não querem nada com Deus, que são os primeiros a cobrar e a pedir contas a Deus quando sucede alguma tragédia.

-Ligar a cada vez maior falta de valores nas nossas sociedades, ao aumento de situações "limite" nas gerações mais jovens.

Terpsichore Diotima (lusitana combatente) disse...

Lamento que apoie - ainda por cima a ponto de publicar e elogiar texto tão detestável, o qual, defende, entre outras coisas péssimas, que se espanque crianças! Por outro lado, agradeço que o tenha tornado público, esse seu apoio, assim como de todos os que não reagiram com horror a tais palavras. Torna assim possível a discussão, e que se tire das cabeças bem intencionadas, as ideias erradas e mentiras a este respeito.
Tem uma criança de semanas ao colo, e anda a fazer a apologia de pessoas que defendem o retorno da violência sobre as crianças, ignorando completamente o significado da descoberta e compreensão tão recente (neste período humano) de que é o amor, a inteligência, a compreensão, a empatia, a beleza, o exemplo, a imaginação, a compaixão, a reflexãoa e a meditação, a liberdade, o exercício,a arte, a cultura, que educam as crianças bem; NÂO bater-lhes como método: , frutos do ódio, da mesquinhez, da estupidez, da ignorância, da maldade, e de ideias erradas, mentiras.

A todos os que se sintam atraídos por tais métodos, peço que leiam livros sobre psicologia... as crianças espancadas não são de forma alguma mais bem educadas.

Deu muito trabalho a algumas pessoas corajosas, pioneiros, acabarem com milénios de história de crueldade legitimizada como método necessário e eficiente de educação!

Graças a eles, milhares de crianças desenvolvem-se hoje em dia, dezenas ou centenas de vezes melhor, tanto mentalmente, como fisicamente, como emocionalmente.

Aconselho todos os que pensam que bater nas criancinhas é necessário, a investigarem o assunto. Bater nas crianças é precisamente equivalente a homens baterem nas mulheres, ou donos que batiam nos escravos! Tão ignorante, tão estúpido e tão inútil quanto pensar que deve bater nas mulheres, e nos empregados, porque ''quando não eles não aprendem''.

Cara Hadassah,
Considero este assunto tão importante, que vou publicá-lo no meu blog! Uma criança que tenha apanhado menos devido a algum pai que leia isto, e já valeu a pena. Mas discutindo, poderemos fazer muito mais, e que sejam muitas as crianças e os pais que leiam... e que ao ir bater... pensem: É INÚTIL E ERRADO. ERRADÍSSIMO!!!!!!!

Gostaria de discutir o assunto amplamente, embora esteja sem possibilidade de tempo.

Cumprimentos.

Hadassah disse...

Fada,

Se ler o texto com atenção ninguém está a defender aqui o "espancamento" de crianças como forma de educação...tenho 2 lindas crianças que crescem saudáveis e que nunca necessitaram sequer de "tareias" ou outras formas violentas de castigar(que também abomino). Mas na altura certa, chegaram a levar uma palmada no rabo ou levar uma repreensão. Aqui o que está em causa é a falta de autoridade dos pais, na educação... e isso não passa necessariamente por qualquer forma de violência.

Terpsichore Diotima (lusitana combatente) disse...

Seria impossível estar a reagir se não lesse com atenção. Por isso mesmo critiquei o texto.
Folgo por si e pelas suas crianças, e acredito-a. Justamente por isso.

Aquela senhora está a defender o espancamento de crianças, de uma forma que a si e a outras pessoas talvez nem passe pela cabeça.

Cumprimentos hadassah